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Urgência diagnóstica e mal estar

  • Foto do escritor: Sessão de Psi
    Sessão de Psi
  • 2 de jul.
  • 1 min de leitura

Em meio à aceleração da vida na atualidade podemos observar uma busca incessante por diagnósticos, impulsionada por uma sociedade que valoriza a rapidez e a precisão. O capitalismo e o modelo neoliberal, com sua ênfase na produtividade e na eficiência, acabam por intensificar essa urgência, transformando o mal-estar existencial em uma patologia a ser nomeada e "curada".


A psicanálise, por outro lado, convida a uma reflexão mais profunda! Para Freud, o mal-estar é inerente à condição humana, ou seja, não se trata de uma falha a ser corrigida, mas sim de uma parte intrínseca da experiência de viver, que nos confronta com nossos conflitos internos e as complexidades de nossas relações com o mundo e com o outro. Nomear apressadamente esse mal-estar como uma patologia pode nos roubar a oportunidade de explorar suas raízes, de compreender o que ele realmente significa para cada um de nós.


A urgência e a busca por um diagnóstico, muitas vezes, nos impede de mergulhar nas nuances de nossos sentimentos e vivências, isso não quer dizer que os diagnósticos não tenham a importância necessária ou uma validade para uma organização subjetiva! o ponto aqui é: de que maneira o mal estar do cotidiano se transformou numa necessidade de categorização massiva de comportamentos e formas de ser no mundo?


Obra "O Grito", de Edward Munch (Foto: Wikimedia Commons)
Obra "O Grito", de Edward Munch (Foto: Wikimedia Commons)

Por Ray Caetano

CRP 04.60848

 
 
 

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Elaborado por Sessão de Psi 2023

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