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PÍLULA REFLEXIVA JUNGUIANA: O Gato de Nise da Silveira - afeto como terapia

  • Foto do escritor: Sessão de Psi
    Sessão de Psi
  • 4 de jun.
  • 1 min de leitura

A médica psiquiatra Nise da Silveira revolucionou o tratamento de pessoas com transtornos mentais no Brasil ao rejeitar métodos violentos — como eletrochoques e lobotomias — e apostar em abordagens mais humanas, baseadas na arte e no afeto.

Um dos elementos mais curiosos e comoventes do seu trabalho foi a presença de animais no Hospital Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro. Entre eles, um gato sem nome, conhecido apenas como "o Gato", ganhou destaque.


Esse gato vivia livremente entre os pacientes, oferecendo carinho, silêncio e companhia — e isso fazia toda a diferença. Pessoas que estavam há muito tempo isoladas emocionalmente começavam a se expressar, cuidar, criar laços.

Quando o Gato desapareceu, a reação foi imediata: pacientes que raramente falavam começaram a desenhá-lo, escreveram recados para ele e demonstraram tristeza genuína.

Um deles escreveu no quadro-negro:

"Gato, não me abandone."

Para Nise, influenciada pelas ideias de Carl Jung, os animais eram mais do que companhia: eram símbolos vivos que despertavam emoções profundas e ajudavam na cura. O Gato não era um terapeuta convencional, mas despertava vínculos reais, ajudando os pacientes a se reconectar com o mundo.

Esse caso ilustra o que Nise mais defendia: o afeto também cura — e às vezes, vem de onde menos se espera.


Por Maria Elisa Achitti

CRP 06/156745

FOTO POR SEBASTIÃO BARBOSA
FOTO POR SEBASTIÃO BARBOSA


 
 
 

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Elaborado por Sessão de Psi 2023

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